quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ocupação da UEM leva 2 mil às ruas de Maringá (por executiva ANEL)


Ocupação da UEM leva 2 mil às ruas de Maringá
“A UEM não vai embora, a UEM não vai embora!”
Ocupação Manuel Gutierrez, da UEM, só se fortalece

No dia 25 de agosto, enquanto realizávamos a V Assembléia Nacional da ANEL, os estudantes da Universidade Estadual de Maringá realizaram um ato de mais de 500 que rumou à reitoria, a quem eram dirigidas as reivindicações. Chegando lá, o reitor Júlio Prates, não concedeu nenhuma resposta convincente e a decisão foi unânime: ocupar a reitoria. Com algum enfrentamento com a segurança da universidade (que chegou a usar armas de choque!), os estudantes entraram e ocuparam. Desde então, o movimento só se fortaleceu. A ocupação foi nomeada de Manuel Gutierrez, uma homenagem ao estudante chileno de 14 anos que morreu por conta da truculenta repressão do governo Piñera; seu “crime” foi lutar em defesa da educação gratuita e de qualidade. A homenagem deixa claro a referência que é a luta da juventude chilena e todo o mundo para o movimento da UEM, e um incentivo que se fortaleça.
As reivindicações não diferem muito da realidade do restante das universidades. O ano começou com um corte no orçamento do Estado, realizado pelo governo de Beto Richa (PSDB), de 38% na verba de custeio das universidades estaduais, um montante de quase 15 milhões de reais. Para a UEM, esse corte significou 2,9 milhões de reais. Concretamente, significa filas gigantescas no Restaurante Universitário (“ei, Julio – reitor – vai comer no RU!”), estudantes submetidos à “bolsas-trabalho”, nenhuma moradia na universidade, campus do interior sem nenhuma condição estrutural, falta enorme de professores e servidores, e por aí vai…
A luta dos estudantes têm ganhado cada vez mais o apoio da comunidade acadêmica. Professores e servidores construíram uma Carta de apoio à ocupação, coletando dezenas de assinaturas. Nesta terça-feira, dia 30 de agosto, foi construído um enorme ato pelo DCE e o movimento da ocupação, com cerca de 2 mil estudantes. Contou com a presença de trabalhadores em apoio, como a oposição da APP (profissionais da educação), vinculados à CSP Conlutas. A Comissão Executiva da ANEL esteve presente na grande manifestação, e fez uma saudação pela entidade de apoio à luta, ressaltando a importância de se massificar e estar em unidade com estudantes de todo o Brasil, na batalha pelos 10% do PIB pra educação.
Paralelamente ao ato, uma comissão de 4 estudantes foi se reunir com o Secretário de Ciência e Tecnologia, que representava o governo estadual de Beto Richa numa mesa de negociação. Na reunião, ficou evidente a postura defensiva do governo. Com o famoso discurso da demagogia, se mostraram solícitos em ajudar, mas na prática pouco se avançou. Saiu de lá mais compromissos do que questões concretas, mas ainda assim, a reunião sinalizou uma vitória grande do movimento. O governo anunciou que irá reverter o corte dos 2,9 milhões com um repasse do orçamento estadual, e sobre as demais reivindicações, garantiram a adesão de um novo ônibus para universidade, acabar com as bolsas alimentação (onde o estudante tem que trabalhar no RU ganhando apenas o direito de comer de graça, uma refeição que custa R$1,60) e garantir quentinhas para os campi do interior. Fora isso, o resto foi sem prazos e com promessas. Os estudantes marcaram então uma nova Assembléia Geral para discutir, em base a negociação feita, os próximos passos do movimento.
Um aspecto surpreendente foi o compromisso, por parte do governo, de enviar um pedido ao Ministério da Educação de investir 10% do PIB na educação brasileira. Esta é, talvez, a maior expressão da defensiva que o governo do estado do Paraná se encontra no momento. Foi colocado contra a parede pelo movimento estudantil, e parece que agora, ou atende os estudantes, ou não terá muita escapatória.
É evidente que a luta da UEM se soma, em suas pautas e em seus métodos, às mobilizações que estão pipocando em todo o país. De uma semana pra outra, as lutas se fortaleceram muito e ao que tudo indica, teremos um semestre de grandes embates. A ocupação da reitoria da UEM, para conseguir uma vitória final, precisa agora se somar a essa onda de lutas em todo o Brasil e massificar suas reivindicações. Só com muita unidade com professores, servidores e com os estudantes de todo o país, além de evitar ao máximo o isolamento da ocupação e buscar a adesão de cada vez mais estudantes da universidade, é possível vencer. O que é bonito de se ver é que não há mais quem diga que sumiu: aqui está presente o movimento estudantil.

Mande MOÇÃO DE APOIO da sua entidade à Ocupação de Reitoria Manuel Gutierrez para os emails:

domingo, 14 de agosto de 2011

ANEL entrega Manifesto dos 10% do PIB a Lula


Nesta última sexta, dia 12 de agosto, um grupo da ANEL-ABC foi até um evento que contava com a presença de Lula e Fernando Haddad, ministro da educação, e entregou em mãos o Manifesto pelo investimento de 10% do PIB para educação pública. Uma importante iniciativa da entidade, como parte da Campanha Nacional que está sendo articulada por diversas entidades e movimentos, e que terá seu grande lançamento nacional no dia 24 de agosto, na Marcha em Brasília.

Segue abaixo a matéria que saiu na internet:

Lula e Haddad são recebidos com manifesto que pede investimento de 10% do PIB na educação
Ex-presidente e ministro estiveram na 1ª Feira Literária de São Bernardo do Campo
Do R7

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação, Fernando Haddad, receberam de estudantes nesta sexta-feira(12)  um manifesto que pede investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação do país.
Lula e o ministro visitaram hoje a 1ª Feira Literária de São Bernardo do Campo, que acontece no Pavilhão vera Cruz. Durante a visita, os políticos participaram de uma roda de leitura, onde leram trechos de livros para as crianças participantes do evento.
Os seis manifestantes, ligados à ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre), levaram cartazes e conseguiram entregar a carta quando os políticos do PT se encaminhavam para a sala de imprensa.
De acordo com a professora Bruna Sartori, de Santo André, que entregou o documento, Lula disse que a presidente Dilma vai usar o dinheiro do pré-sal para aumentar os gastos com educação.
- Entreguei o jornal [da Anel] a Lula e ele disse que a [presidente] Dilma vai investir na educação com o dinheiro do pré-sal. Depois riu. Acho que nem ele acredita nisso.
No manifesto, os estudantes lembram que, em 2000, o Congresso Nacional já havia aprovado o investimento de 7% na Educação, como parte do último PNE (Plano Nacional da Educação). Por isso, o texto critica a nova proposta do governo, que promete investir apenas 7% do PIB até 2020
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CASS-UFPA RUMO A JORNADA NACIONAL DE LUTAS!!! 10 % DO PIB JÁ!!! CONTRA O PNE DO GOVERNO DILMA!!!

   Por todo o país temos assistido ao crescimento das lutas dos trabalhadores e trabalhadoras. As mobilizações atingem o setor da educação, o metalúrgico, da construção civil, mineração, dos servidores municipais, estaduais, buscando melhorar seus salários e condições de trabalho. Os servidores públicos federais lutam pela valorização do serviço público e pela melhoria dos seus salários. Bombeiros e policiais de praticamente todos os estados cobram melhores salários e condições de trabalho. Os estudantes lutam por um ensino público de qualidade e direito ao transporte.  
   As empresas aumentam o ritmo de trabalho, impõem jornadas estafantes, aumentando os acidentes e doenças do trabalho. Autoridades do governo dizem que é preciso segurar os aumentos dos salários por causa da inflação, o que soa como música nos ouvidos dos empresários. Os governos federal, dos estados e dos municípios, dizem que não há recurso para aumentar o investimento na saúde, na educação, na moradia e no transporte.Cada vez mais as universidade estão sendo precarizadas com os sucessivos cortes de verba na educação.Só na UFPA 10% do orçamento público foi brutalmente cortado, sem opinião da comunidade acadêmica, refletindo na redução das ajudas de custo e ajuda de passagens para eventos acadêmicos e do movimento estudantil,não pagamento de alguns bolsistas,etc.
   Por isso, várias entidades e movimentos assinaram um manifesto conclamando toda a classe trabalhadora e a juventude do nosso país para que unamos as nossas lutas e os nossos esforços, para aumentar a pressão sobre os empresários e sobre os governos federal, estaduais e municipais. Essa desigualdade e essa injustiça não podem continuar.
   Queremos fortalecer cada uma das lutas que estão em curso. E, mais que isso, queremos unir todas elas em uma grande jornada nacional de lutas entre 17 a 26 de agosto de 2011. E com uma grande manifestação em Brasília dia 24 de agosto. Na UFPA no dia 18 estamos convidando todos para um forte ato no RU-BÁSICO junto com demais Ca´s e o DCE UFPA nessa luta
   O CASS-UFPA participou do 1º Congresso da Assembléia Nacional dos Estudantes Livre, onde foi encaminhado  o eixo da campanha para o conjunto do movimento estudantil, por isso apoiaremos e estaremos na  Jornada Nacional de Lutas enviando integrantes a favor dos direitos dos trabalhadores(as),dos 10% do PIB pra educação já!!! Contra o PNE do Governo Dilma!!!